Ser canhoto é ter de se adaptar a uma realidade espelhada, que se apresenta ao avesso, impondo um mundo invertido[...] ALEXANDRA OZORIO DE ALMEIDA
terça-feira, 29 de junho de 2010
Noutro conto eu te encontro~
O Gato, a Velha e a Governanta.
Então a velha senhora perguntou:
- O sol vai aparecer hoje?
- Sim. Parece que vai. - disse a governanta, antes de sair do
quarto.
Na porta, o gato miou a espera de sua dona. A velha senhora então se sentou, a cama rangeu com o corpo de oitenta anos de doces e deliciosas comidas caseiras que a tornaram obesa.
O gato miou de novo, na esperança de ver as velhas pantufas da senhora atravessando a porta e assim recebendo-o em seus braços.
O gato esperou, esperou e esperou, mas a velha senhora não apareceu, tampouco suas pantufas. O gato, impaciente miava e arranhava a porta, fechada, com suas pequenas unhas.
- A senhora vai descer? - gritou a governanta, la da sala, a espera da velha.
Mas a resposta não veio. Assim como o gato, a impaciencia e a curiosidade lhe fizeram subir as escadas de novo. Agora com uma bandeja equilibrada nas mãos. Levaria o café da velha senhora, ja que essa parecia não querer descer.
Ao abrir a porta, o gato, ansiando por carinho, pulou na cama da dona, que ja não estava la a sua espera.
BANG!
A bandeja caiu no chão, a xícara de porcelana fina se espatifou molhando o piso de madeira com o café ainda quente.
Um grito apavorado da governanta.
Um corpo no chão.
Silêncio.
- Juliana Rosa.
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que saudade dos seus contos!
ResponderExcluirque saudade de vc!